Deusa, pra celebrar o Dia do Orgasmo, resolvemos antecipar a Newsletter desta semana. Vamos juntas reivindicar uma vida com mais prazer?
Esse é um manifesto pelo gozo.
Porque não basta não sofrer. Não basta não morrer de fome porque se tem migalhas. Esse manifesto parte da crença de que é possível, para todas, uma vida com prazer.
Essa crença se fundamenta no corpo e na sua sabedoria, no que ele não esquece apesar de toda domesticação: há uma fome que queima dentro, é uma fome de sentido, de comunhão, de poesia, de gozo, de amor. Essa fome do que não pode ser nomeado, que cada uma carrega do seu jeito e tem na sua própria medida, sempre única, é o combustível para todas as revoluções, internas e externas, individuais e coletivas, pequenas e grandes.
Essa fome é vontade de viver. E o gozo é o que dá gosto de continuar vivendo. Sem gozo, a própria força de viver se enfraquece - mulheres enfraquecidas não fazem revolução, por isso o gozo foi proibido.
Esse manifesto sabe que é importante ter fome, que o contrário da fome não é a satisfação e sim a apatia - e a apatia é um dos poucos caminhos que não leva a lugar nenhum. Esse manifesto sabe que é importante ter gozo - porque a vida não é uma função burocrática e sim um absurdo a ser experienciado.
Esse é um manifesto especialmente pelo gozo das mulheres, das margens e das minorias - porque ninguém merece só a luta. Porque o gozo alivia as batalhas ao mesmo tempo que dá vigor para elas.
Esse manifesto entende que gozo é uma palavra grande, mas não maior do que o que ele é - a cada uma ele é um. Pode ser furioso ou terno, contemplativo ou laborioso, seja como for, ele tudo preenche e o momento preenchido é necessariamente um momento com sentido, ainda que esse não possa ser articulado.
Esse manifesto parte do princípio de que a vida não tem sentido a não ser aquele que damos para ela e o gozo é uma das maneiras mais positivas de enriquecer o sentido. Ele é também maneira de achar sentido quando não se vê nenhum. O gozo afirma a vida.
Ele é sempre selvagem no sentido de que escapa às amarras civilizatórias - é gritar e dançar e se emocionar mais alto do que nos disseram que deveríamos, para além da moral e dos bons costumes.
Ele não é apenas o gozo sexual, é o gozo de tudo, é a plenitude de um abraço, a fogueira de uma ideia, o milagre de um poente, o transe de um orgasmo, e tudo que não cabe aqui. Ainda que esse manifesto reforce que o gozo não é somente sexual, clamamos por ele, por ter sido o mais negado e violentado.
Esse manifesto almeja que todas as mulheres entendam porque o deleite orgástico lhes foi negado. Gozar do próprio corpo relembra que o corpo nos pertence - não é propriedade do estado, do homem ou de deus. É de cada uma. Pertencer-se a si mesma é poderoso, é ter sempre uma casa para morar e voltar quando se perder. E mais: o que é nosso, podemos dar como quisermos.
Gozar do próprio corpo é uma alegria democrática e um remédio para o desalento - mulheres que gozam sabem que possuem recursos internos para se alegrar, se renovar, se cuidar. O gozo sexual tem o poder de aterrar e transcender ao mesmo tempo - ninguém pode nos dizer que é impossível ter raízes e asas.
Esse manifesto entende que o gozo é sagrado (e profano) e que não há nenhuma razão que peça ou justifique a falta de gozo das mulheres a não ser a sua tentativa de dominação. Portanto, as mulheres merecem, por direito inerente, gozar da liberdade para o gozo. Que assim seja.
— Gozo é aprendizado
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— Sugestão Lasciva
A sugestão lasciva de hoje é o livro Rio Profano, de minha própria autoria. Faz tempo que não recomendo e tem muita gente chegando pela News que ainda não sabe que eu escrevi um romance erótico. Rio Profano é meu primeiro livro publicado e ele nasceu do desejo de escrever uma literatura erótica que realmente colocasse a mulher como protagonista do seu corpo e da sua história. O cenário é um paraíso tropical e as cenas desnudam a história de amor e sexo de Mel, Riana e Davi. Sem modéstia, vale a pena a leitura. Vem se banhar nesse rio.
— Para dar replay
Nesses oito anos trabalhando com sexualidade, esse é o top 3 com as perguntas mais comuns que recebo sobre orgasmo. Será que a sua dúvida está aqui? Dá play, deusa:
— Curadoria Lasciva
pra deixar o coração quentinho
um poema:
uma cena:
uma artista:
O que você sentiu lendo essa edição da news? Deixe um comentário, vamos conversar!
que delícia de palavras! sua escrita é um gozo bonito. obrigada por compartilhar ♥️
vc emociona demais!! maravilhosa